segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

10 - CÓDIGO DA ÉTICA DIVINA


POSTULADOS GERAIS
POSTULADO 25: A lei natural da vida ou Código da Ética Divina é imutável, eterno e perfeito.
POSTULADO 26: A infelicidade humana é conseqüente ao afastamento do homem e da mulher do Código da Ética Divina.
POSTULADO 27: As leis humanas são imperfeitas e devem historicamente ser modificadas segundo o Código da Ética Divina.
POSTULADO 28: A harmonia do universo material e do universo moral está fundada na eternidade e na imutabilidade da Lei Divina.
POSTULADO 29: Deus é o autor de tudo; portanto, todas as leis da natureza, incluindo-se nelas as leis da matéria, são leis divinas. O papel dos estudos e das pesquisas humanas é o conhecer, compreender e cumprir as Leis da Natureza.
POSTULADO 30: O conhecimento das leis divinas nem sempre significa a sua compreensão: um dia, ao longo de várias reencarnações, toda a humanidade conhecerá e compreenderá o Código de Ética Divina. A compreensão da Lei Divina está condicionada ao grau de adiantamento do espírito.
POSTULADO 31: O Código de Ética Divina está inscrito no espírito. A infelicidade humana decorre do esquecimento e do desprezo da alma humana pelas leis divinas.
POSTULADO 32: A Lei Divina, além de inscrita na consciência humana, também pode ser revelada através de Espíritos Superiores encarnados em missão na terra.
POSTULADO 33: As palavras e as atitudes são o testemunho do verdadeiro profeta através do qual Deus revela Sua Lei.
POSTULADO 34: Jesus é o mais perfeito guia e modelo de perfeição moral oferecido por Deus à humanidade. Antes e depois de Jesus vários outros Espíritos
Superiores encarnaram e revelaram o Código da Ética Divina; Jesus, porém, é o guia e modelo mais perfeito que viveu na terra.
POSTULADO 35: As leis divinas estão escritas no livro da natureza. A arrogância humana de conquistar e dominar a natureza é a pretensão aberrante de conquistar e dominar Deus.
A criatura humana será sempre criatura, co-criadora responsável pelo cuidado ou não cuidado com o uso que faz da matéria divina para co-criações em plano maior ou em plano menor.
POSTULADO 36: Porque as leis divinas são apropriadas à natureza de cada mundo do Universo e adequadas ao progresso de quem habita tais mundos, as mesmas precisam ser continuamente explicitadas e desenvolvidas através do ensino dos Espíritos Superiores que, de tempos em tempos, reencarnam na terra para fazê-la progredir, junto aos homens e às mulheres que a habitam.
POSTULADO 37: Os objetos de estudo dos sistemas filosóficos, das religiões e das tradições da terra, iluminados pelo Espiritismo, contribuem para a instrução humana sobre o Código da Ética Divina.
POSTULADO 38: Moral é código de comportamento que deve fundar-se na observância da Lei Divina. Conquanto historicamente determinada, os Códigos Morais Humanos devem ter por referência a Lei Divina e serem modificados quando se afastam ou contradigam o Código da Ética Divina.
POSTULADO 39: Bem é tudo o que está de acordo com a Lei Divina; mal é tudo o que dela se afasta ou a contraria. Este postulado é superior ao princípio e a tradição da ética humanista segundo a qual bem e virtude são tudo aquilo que afirma a vida e o desenvolvimento das capacidades do homem e da mulher.
Falta à ética humanista a consciência de que a afirmação da vida é a afirmação da Lei Divina que deverá estar refletida nas Leis Humanas e de que o desenvolvimento das capacidades humanas tem por teleologia ou fim último o conhecimento, a compreensão e o cumprimento da Lei Divina.
A natureza do homem e da mulher é divina; portanto, a criação de normas e de valores humanos (a Moral) tem por fundamento o conhecimento de Deus ou o conhecimento da Lei Divina para dirigir o comportamento humano e não o conhecimento do homem e da mulher.
POSTULADO 40: A apreciação humana do que é bem ou mal está na orientação de Jesus para que façamos aos outros o que queremos que os outros nos façam. Se usássemos o conceito de Immanuel Kant de Imperativo Categórico, o princípio supremo ou a priori da moral e da moralidade, segundo o Espiritismo, é fazer aos outros o que se quer que os outros façam consigo (Mateus, 7:12).
POSTULADO 41: O limite das necessidades humanas está determinado pela Lei Divina. A ultrapassagem desse limite gera a maior parte dos sofrimentos e males humanos.
O corpo é meio e instrumento para desenvolver o Espírito nele encarnado: forma-se com a mesma matéria divina em suas infinitas transformações para garantir o aperfeiçoamento da vida universal. As necessidades desse corpo condicionam-se ao Plano Divino para o aperfeiçoamento da vida.
As necessidades fictícias e geradas pela economia de mercado aprisiona homens e mulheres ao consumo de ilusões, condenando-os ao trabalho inútil para terem recursos financeiros destinados à compra daquelas ilusões.: tudo isto é contrário ao Código da Ética Divina uma vez que tanto retarda o desenvolvimento da alma humana quanto compromete ou destrói outras espécies de vida, além de corromper ou destruir os recursos naturais da vida pertencentes a Deus e, portanto, disponíveis para todas as criaturas.

A legitimação humana dos princípios de extrativismo, de expropriação e de expatriação de recursos humanos, do solo, da fauna e da flora para a formação de riquezas concentradas, criação de produtos inúteis para consumo humano e subjugação das forças físicas à lei da oferta e da procura daquelas inutilidades é contravenção ao Código da Ética Divina.
POSTULADO 42: O espírito se encarna no corpo de um homem e de uma mulher para progredir no conhecimento do bem e do mal, escolhendo o caminho a ser seguido.
A opção pelo mal retarda o adiantamento do Espírito, tornando mais longa a sua peregrinação pelo sofrimento: se o mal é fecundação passageira da ignorância humana diante da Lei de Deus, homens e mulheres sofrem por falta de conhecimento e de entendimento, conforme esclarece o profeta Isaías (5:13)
POSTULADO 43: As necessidades fictícias e convencionais, inventadas de acordo com as diferentes posições sociais, devem ser distinguidas das necessidades reais, de acordo com a Lei de Deus e com as exigências de adiantamento dos homens e das mulheres.
POSTULADO 44: A diferença entre o bem e o mal está no grau de responsabilidade daquele que pratica um ou outro. O mal depende da vontade humana para ser praticado; a consciência do bem agrava a responsabilidade humana sobre o mal praticado.
POSTULADO 45: O mal é necessário por causa da imperfeição humana mas é sempre mal.
A compreensão do bem e do mal agrava a culpa do homem e da mulher quando praticam o mal.
A Lei Divina responsabiliza o homem e a mulher tanto pelo mal que praticaram quanto pelos males resultantes daquela prática.
POSTULADO 46: Quem não pratica o mal mas se aproveita do mal praticado pelos outros é tão culpado quanto se o houvera praticado.
POSTULADO 47: O bem deve ser praticado até o máximo limite das forças humanas; insuficente é, pois, não praticar o mal. Todo o mal resultante do bem que uma pessoa deixou de praticar é de responsabilidade da mesma.
POSTULADO 48: A resistência ao mal, mesmo com a vontade e a oportunidade de fazê-lo, constitui avanço moral.
POSTULADO 49: Os vícios e os crimes, conquanto arrastem para o mal o homem ou a mulher viciados e criminosos, jamais são irresistíveis e a força moral de resistência da pessoa ao mal trará méritos morais.
POSTULADO 50: Quanto maior for a dificuldade encontrada pela pessoa para praticar o bem maior será o seu merecimento pelo bem praticado.

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