domingo, 4 de março de 2007

10.1 - ÉTICA DA ADORAÇÃO


POSTULADO 51: Nenhuma exterioridade humana é agradável a Deus se não tiver por objetivo e intenção íntima promover o bem e evitar o mal.

O sentimento e as práticas de adoração a Deus, quando promovem o bem e evitam o mal, são decorrentes da consciência e do reconhecimento da fragilidade humana perante Deus: quaisquer simulacros, encenações, cerimônias, formalidades e convenções que não tornem a criatura humana moralmente melhor são inúteis.

As oferendas feitas a Deus por sacrifícios de animais, sacrifícios humanos, incluindo-se os cilícios e os jejuns, são contravenções humanas à Lei de Deus.

As guerras santas ou guerras religiosas são contravenções humanas à Lei de Deus.
As oferendas de comidas, de bebidas, de flores e de frutos são inúteis perante a Lei de Deus.

As preces exteriores, as preces labiais, as preces pagas e a vida contemplativa de adoração das quais não participam o sentimento humano para fazer o bem e evitar o mal são expedientes inúteis segundo a Lei de Deus.

A ignorância e a má fé humana inventaram um comércio religioso de coisas e objetos que é contravenção à Lei de Deus: nenhum objeto e nenhuma ação ou intervenção humana alteram a imutabilidade e a eternidade da Lei de Deus.

O postulado espírita da ética da adoração segue princípios claros e sem equívocos ensinados por Jesus.

Quanto à oração: "Quando orares não sejas como os hipócritas, pois gostam de orar em pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas para serem vistos pelos homens... orando, não useis de vãs repetições como os gentios que pensam que por muito falar serão ouvidos." (Mateus, 6:5 e 7)

Quanto às oferendas e sacrifícios: "Misericórdia quero e não sacrifícios." (Mateus, 9:13; 12:7).

A parte divina da lei mosaica, expressa nos Dez Mandamentos, prevê a condenação da idolatria, espécie de oferenda para honrar a Deus: "Não farás para ti nenhuma imagem esculpida, representando algo que esteja no alto do céu, ou cá embaixo sobre a terra, ou nas águas que estão sob a terra. Não as adorarás e nem as servirás."(Deuteronômio, 5:8 e 9)

A ambição e a ignorância humanas instituem o comércio sobre coisas e objetos fabricados para idolatria: isto é contravenção à Lei de Deus.

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