sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

6-7-8-9: IDÉIAS INATAS, TEMPORALIDADE, AUTORIDADE, INFÃNCIA


6 - ÉTICA DAS IDÉIAS E CONQUISTAS INATAS
POSTULADO 21: As idéias inatas são a intuição e a reminiscência dos conhecimentos adquiridos pela alma em existências anteriores.
O ponto de partida de uma criança na vida presente não é a concepção mas o ponto em que estava na existência anterior.
As faculdades extraordinárias ou excepcionais de determinadas pessoas, as aptidões e vocações independentes da educação e às vezes manifestas em tenra idade, são conseqüentes ao desenvolvimento e às preferências da alma em existências precedentes.

7 - ÉTICA DA TEMPORALIDADE
POSTULADO 22: Existe apenas eternidade.
Passado, presente e futuro são um eterno presente quando deles nos ocupamos.
Somos espíritos eternos, em trânsito pela vida corporal e pela vida espiritual, sempre históricas porque compõem a história de desenvolvimento do espírito.

8 - ÉTICA DA AUTORIDADE
POSTULADO 23: A única autoridade estabelecida pelas leis divinas é a autoridade moral.
As posições sociais, as diferenças étnicas e raciais, os títulos convencionais do mundo histórico-sócio-humano não estabelecem nenhum tipo direito e autoridade de uns sobre os outros.
A supremacia de uns sobre os outros é sempre moral e por mérito – e é irresistível.
A essa supremacia Allan Kardec denomina de aristocracia intelecto-moral.
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9 - ÉTICA DA INFÂNCIA
POSTULADO 24: A criança é um espírito encarnado; nada tem de ingênua ou inocência além da aparência e incapacidade dos órgãos do corpo ainda não desenvolvidos para manifestar o que é realmente aquele espírito.
Durante o período da infância, a alma (espírito encarnado) é mais flexível às influências dos que a rodeiam; daí, a tarefa educativa dos pais ser facilitada pela maior acessibilidade da criança à educação que se lhe dê e, também, o peso da responsabilidade paterna e materna.
Apenas aparentemente e como estratégia educativa para a vida existe uma Psicologia Infantil; o que existe é a Psicologia do Espírito, presentemente encarnado e maleável às novas influências do meio em que nasceu e daquelas que lhe formam o grupo familiar.
A infância é um período de reassenhoramento das faculdades do espírito a serem plenamente manifestadas pelo crescimento e desenvolvimento dos órgãos do corpo: as supostas transformações comportamentais ligadas aos supostos estágios de desenvolvimento dos estudiosos são apenas a manifestação do que é e de como é realmente aquele espírito encarnado junto àqueles com quem forma os grupos de afinidade, antipatia ou indiferença.
O que acontece geralmente é a irresponsabilidade educativa dos pais perante os filhos até a chamada puberdade e adolescência, uma fase na qual a alma (ou espírito encarnado) se apresenta com todos os seus vícios ou virtudes trazidos de outras encarnações e que não recebeu durante a infância novos fundamentos educativos. Daí, a origem dos chamados problemas da adolescência: são os problemas do Espírito de posse quase plena do instrumento corpóreo que o possibilita manifestar o que realmente é.
Se os pais não reeducaram a alma de seus filhos no período permeável da infância surgem os problemas na adolescência; na verdade, problemas anteriores à atual encarnação.

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[1] KARDEC A. Obras Póstumas. Brasília: FEB.

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