
(Escultura do deus grego Dioniso, Museu do Vaticano)
e) Ética Contemporânea
Dentre outros inúmeros e possíveis tipos de Ética Contemporânea podem destacar-se os seguintes.
Dentre outros inúmeros e possíveis tipos de Ética Contemporânea podem destacar-se os seguintes.
e.1 - Ética existencialista
-de Sören Kierkegaard (1813-1855), pertencente ao nominado Humanismo existencialista cristão e considerado o pai do existencialismo e do humanismo cristão: não se pode entender a filosofia alemã do século dezenove sem estudar a obra de Kierkegaard. Entre suas várias obras estão O Conceito de Angústia e O Desespero Humano.
Kierkegaard é violento opositor de qualquer sistema e particularmente contra o universalismo abstrato e do racionalismo dialético de Hegel; para aquele, realidade é o homem existente, o homem singular perante Deus reconhecido este no próprio homem. Para o Filósofo da Angústia, “verdade é subjetividade” e o objeto deve a ela se adequar, Cristo é Paradoxo-Escândalo-Loucura e por isso não somos cristãos porque se o fôssemos o cristianismo não existiria.[1]
-de Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831): na explicação da realidade abandona a lógica formal aristotélica e cria a lógica dialética.
Para Aristóteles o criador da Dialética ou arte de argumentar foi Zenão de Eléia, cujo movimento é o emprego de opiniões contrárias para provar a falsidade ou a probabilidade de ambas ou uma das opiniões estivesse certa e cria.
Para Hegel o criador da dialética é Heráclito de Éfeso cujo movimento é “a afirmação e a aceitação da luta e oposição dos contrários como a forma última da realidade, a afirmação de que a contradição entre os seres é o motor ou a mola do mundo como um devir ou fluo temporal incessante que faz surgir e desaparecer todas as coisas (materiais, imateriais, humanas, divinas)”.[2]
A oposição criadora de Hegel substitui o princípio da identidade da lógica aristotélica, com os movimentos supostamente dialéticos de afirmação (tese), negação (antítese) e negação da negação (síntese) gerador do “devir”, do movimento, do vir-a-ser.[3]
-de Max Stirner (1806-1856), o precursor do anarquismo moderno com os fundamentos do egoísmo integral, da negação absoluta de qualquer autoridade que possa assujeitar a pessoa, do homem concreto e da sua vontade com Único; seu pensamento pode ser nomeado como fundador da Escola do Individualismo niilista sem consideração pelos outros.
-de Jean Paul Sartre (1905-1980): segue o individualismo e o irracionalismo; Deus não existe; o homem é liberdade irresponsável, o fundamento sem fundamento, é existência que cria a sua essência; os outros devem ser considerados o inferno. Seu pensamento pode ser nomeado como fundador da Escola do Individualismo Radical Libertarista. Sartre classifica os existencialistas em cristãos e ateus.
-de Friedrich Nietzsche (1844-1900) para o qual realidade é explosão de potências desordenadas, cuja força não há nenhuma lei racional controladora. A atitude do homem frente a tais potências será a da fraqueza dos homens-rebanhos ou a da força e do poder dos homens-potência. A moral do homem-potência ou super-homem (homens supostamente aristocráticos) é o “triunfo da própria personalidade, além do bem e do mal desde que se afirme sobre os outros”.[4]
e.2 - Ética Histórica ou historista
De Wilhelm Guillermo Dilthey (1833-1911), seguindo a sistematicidade e a continuidade do espírito alemão, eminentemente histórico e não servil às ideologias positivistas ou neopositivistas de rupturas arbitrárias com a história nunca passada dos povos em seu desenvolvimento.
e.3 - Ética Pragmatista
De Charles Sanders Pierce, de William James, de John Dewey, à moda do mundo anglo-saxônico.
e.4 - Ética Psicanalítica ou Ética Sexual
De Sigmund Freud, expressiva das grandes torturas sexuais porque se distinguem os povos europeus em geral.
e.5 - Ética Marxiana de Karl Marx, centrada em modos de produção econômica.
e.5 - Ética Marxiana de Karl Marx, centrada em modos de produção econômica.
e.6 - Ética Neopositivista
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[1] NOGARE P D Humanismos e anti-humanismos. 10 ed. Petrópolis: Vozes. 1985.
[2] CHAUÍ M Introdução à história da Filosofia: dos pré-socráticos a Aristóteles. Volume 1. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras. 2003.
[3] ARANHA MLA; MARTINS MHP Filosofando: introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna. 1986.
[4] MONDIN B Introdução à filosofia: problemas-sistemas-autores-obras. 11 ed. São Paulo: Paulus. 1981; p. 232
[1] NOGARE P D Humanismos e anti-humanismos. 10 ed. Petrópolis: Vozes. 1985.
[2] CHAUÍ M Introdução à história da Filosofia: dos pré-socráticos a Aristóteles. Volume 1. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras. 2003.
[3] ARANHA MLA; MARTINS MHP Filosofando: introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna. 1986.
[4] MONDIN B Introdução à filosofia: problemas-sistemas-autores-obras. 11 ed. São Paulo: Paulus. 1981; p. 232
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